Os cinco principais eventos no calendário econômico

Economia: os cinco principais eventos

Nesta semana os investidores do mercado estarão de olho no resultado da reunião de quinta-feira do Banco Central Europeu buscando novas pistas sobre o futuro do gigantesco programa de estímulo da região.

Os traders também aguardam com atenção os dados de crescimento da China do terceiro trimestre em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.

Os dados de inflação dos EUA estarão no centro das atenções, enquanto os investidores tentam avaliar se a maior economia do mundo é forte o suficiente para suportar o aumento de custos de financiamento antes do final do ano.

Enquanto isso, no Reino Unido, os players aguardam os relatórios de preços ao consumidor, de emprego e de vendas no varejo para mais indicações sobre o efeito que o Brexit terá sobre a economia.

Os operadores de moeda também estarão com foco na decisão do banco central no Canadá na quarta-feira.

1. Reunião do Banco Central Europeu

A decisão sobre a taxa de juros do Banco Central Europeu será publicada às 9h45 na quinta-feira, mas o maior foco provavelmente estará na coletiva de imprensa do presidente Mario Draghi que será realizada 45 minutos após o anúncio.

O BCE não deverá alterar as taxas, mas Draghi poderá dar pistas sobre o futuro do programa mensal de compra de ativos € 80 bilhões, com término previsto para março.

Uma recente pesquisa da Reuters com economistas mostrou que uma perspectiva econômica estável, mesmo sem brilho, vai pressionar o BCE a estender seu programa de estímulo até o final do ano. Tal decisão será provavelmente anunciada na reunião de dezembro, quando a atualização das projeções trimestrais do banco central estará disponível.

2. PIB da China

A China deverá divulgar os dados do produto interno bruto do terceiro trimestre à meia-noite de terça-feira para quarta-feira. O relatório deverá mostrar que a segunda maior economia do mundo cresceu 6,7% nos três meses até setembro.

Se confirmado, o PIB terá crescido em linha com o segundo trimestre e poderá ser um sinal de que o crescimento na China finalmente está se estabilizando.

O país asiático também irá publicar dados sobre a produção industrial de setembro,investimentos e as vendas no varejo, juntamente com o relatório do PIB.

3. Inflação de setembro dos EUA

O departamento de comércio irá publicar os dados de inflação de setembro às 10h30 na terça-feira. Os analistas esperam que os preços ao consumidor deverão ceder para 0,3%, enquanto o núcleo da inflação deverá aumentar para 0,2%.

Em uma base anual, o mercado projeta uma alta de 2,3% no núcleo do IPC. O núcleo de preços é analisado pelo Fed como o melhor indicador de pressão inflacionária de longo prazo porque excluem as categorias de alimentos e energia, que são muito voláteis. O banco central busca apontar núcleo de inflação para o patamar de 2% ou menos.

O aumento da inflação seria um catalisador para o Fed aumentar as taxas de juros.

4. IPC, emprego e as vendas no varejo do Reino Unido

O departamento de estatísticas do Reino Unido irá divulgar os dados sobre a inflação de preços ao consumidor em setembro às 6h30 na terça-feira. Os analistas esperam inflação de 0,9%, depois de alta de 0,6% um mês antes.

Às 6h30 na quarta-feira, o país irá publicar o relatório mensal de empregos. A expectativa é de aumento em 3 mil unidades de pedidos de seguro desemprego em setembro, com taxa de desemprego estável em 4,9% nos três meses encerrados em agosto. A previsão de crescimento dos salários, incluindo bônus, aponta para um aumento de 2,3%.

Na quinta-feira, o departamento divulgará relatório sobre as vendas no varejo de setembro às 6h30, e os analistas esperam um aumento de 0,3%, após uma queda de 0,2% no mês anterior.

O Banco da Inglaterra manteve a política monetária estável no mês passado, mas indicou que poderia cortar taxas de juros já em novembro, em uma aposta para segurar os impactos de um Brexit ‘duro’.

5. Decisão de taxas de juros do Banco do Canadá

A decisão de taxa de juro do Banco de Canadá será divulgada às 12h de quarta-feira, com a maioria dos especialistas esperando manutenção dos juros.

Com a persistentemente queda dos preços da energia e o fraco de comércio global, demanda dos EUA relativamente baixa. A expectativa é que as taxas canadenses deverão permanecer baixas por mais tempo que o se pensava anteriormente.